quarta-feira, 20 de março de 2013

TÉCNICO DE FUTEBOL...ATÉ TU FELIPÃO!?!?





        Eu tenho uma teoria com relação a técnicos de futebol e sei que muita gente vai achar maluquice minha mas mesmo assim vou arriscar e escrever o que penso dessas figuras que ficam à beira do campo gesticulando, berrando, xingando juízes, jogadores e torcidas. Na verdade, o futebol moderno virou um imenso circo em que seus atores principais, cada qual representando seu papel, sabem que estão sob a luz dos holofotes e que esse teatro todo faz parte do pacote do grande cenário que se transformou uma partida de futebol.
      Mas a minha teoria é que os técnicos que menos atrapalham são os maiores vencedores, aqueles que permitem que o jogador jogue sem interferir demais, muito diferente daqueles que na maioria das vezes querem apenas aparecer ás custas dos atletas, daqueles que usam das suas prerrogativas de técnicos para, arrogantemente, em nome de alguma tática ou estratégia de jogo, como diz o ditado, ensinar padre nosso para vigário. É só observar como se portaram e como se portam os técnicos que conquistaram copas do mundo para o Brasil e os que fracassaram.
       Reparem bem que não estou criticando a existência de táticas nem de estratégias de jogo, pelo fato de que, como em qualquer guerra, e um jogo de futebol é uma guerra, elas são fundamentais. Estou me referindo aos "professores" de futebol que ousam querer ensinar por exemplo, a um Ronaldinho Gaúcho, como e onde ele poderia jogar dentro das quatro linhas, como se posicionar em campo, da forma como tentou fazer o "laureado" técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo. Ou como fez o técnico Leão com Lucas no São Paulo. Diferentemente do Cuca, técnico do Atlético Mineiro, que acolheu o craque R10 e procurou não inventar nem ensinar nada proporcionando ao dentuço genial a oportunidade de desenvolver seu maravilhoso futebol da forma como sabe (e como sabe)...
        Na história do futebol brasileiro alguns técnicos levaram muito a sério essa proposta de liberdade de jogo ao atleta, um grande exemplo disso foi Vicente Feola, o técnico da seleçãso brasileira campeã do mundo em 1958. É sabido por todos que o rechonchudo treinador confiava tanto em seus comandados que simplesmente dormia à sono solto durante alguns treinos da seleção brasileira e inclusive durante muitos jogos, postura essa que, tanto para a torcida quanto para seus críticos na imprensa já era demais da conta. E ganhamos a Copa do Mundo com folga pois no campo Pelé, Djalma Santos, Belini, Garrincha, Didi e Cia resolveram tudo.
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Vicente Feola

         Em 1962 o técnico da seleção brasileira foi Aymoré Moreira e era um treinador tido como muito competente mas quem "comeu a bola" nessa copa do Mundo e deu o título ao Brasil foi o genial Garrincha. Pelé não participou por causa de uma séria contusão mas o maior ponta direita de todos os tempos foi lá e conferiu.



          Perguntem se Aymoré Moreira tentou, de alguma forma em prol de alguma tática ou estratégia de jogo, mudar o jeito de jogar de Garrincha. Nem poderia...
É evidente que cada técnico tem sua idéia de jogo, sua forma de pensar a defesa, o meio de campo e ataque de sua seleção brasileira e, de acordo com essas diretrizes já formuladas em sua cabeça deve convocar os melhores na posição e, para isso a CBD precisa escolher antes de mais nada um treinador que haja com critério de justiça ao escolher o jogador que vai representar o país na Copa do Mundo.




           Foi assim que ocorreu com Zagalo, Parreira e Felipão nas Copas do Mundo de 70, 94 e 2002. mas a impressão que eu tenho e não estou sozinho é que atualmente a compreensão do termo SELECIONAR perdeu-se com o tempo. SELECIONAR até onde saiba significa escolher o melhor no momento da convocação, dou um desconto aos craques a nível de gênio como é o caso de Ronaldinho Gaúcho, esses a convocação para uma seleção deveria ser automática independentemente da fase que se encontra no clube.
       Hoje em dia ao invés do treinador contratado pela CBD selecionar o que tem de melhor na praça, preparar, treinar, unir o grupo, reforçar, estabelecer metas o que o que se vê, o que estamos presenciando são convocações nas quais o critério utilizado é o das oportunidades á granel.
        A pergunta que muita gente está fazendo e eu também é como vamos formar uma seleção coesa em meio a essas variações entre uma convocação e outra? É certo que uma convocação valoriza um atleta e faz com que seu valor de mercado suba as alturas de modo que fica a desconfiança se convocar ao invés de selecionar não virou um excelente negócio para CBD, para técnicos e empresários. E a seleção, ora essa, que se foda...


          Agora vem o Felipão com essa história de dar duas oportunidades para cada jogador para ver quem ele iria convocar e no final das contas não convocou nem Ronaldinho Gaúcho nem Kaká para a Copa das Confederações...porra, ATÉ TU FELIPÃO?!?!?!?