Esse Blog foi criado para, principalmente, falar sobre Ronaldinho Gaúcho, o melhor, o mais
técnico e criativo jogador de futebol de todos os tempos. Porém hoje vou falar
não apenas de R10 como também de Alexandre
Kalil, o polêmico, inteligentíssimo e corajoso ex-presidente do Atlético
Mineiro.
Presidente de clube, minha opinião, não
vale nada mesmo, tipo de gente que não devia existir. A maioria desses cartolas
não tem competência nem para gerir seus problemas domésticos que dirá os de um
clube de futebol. São torcedores metidos a administradores, gente sem capacidade
moral nem ética para tratar com ser humano, no entanto, estão em seus clubes
metendo o bedelho em todos os departamentos decidindo sobre a vida particular e
profissional de jogadores de futebol que para eles, presidentes de clube, não passam de pedaços de
carne, objetos, coisas, materiais de consumo, peças de reposição que se usa e depois
se joga fora.
Generalizar é um risco que se corre
quando analisamos fatos e gente e, por essa razão vou afirmar que em meio a
tanta mediocridade tem um ex-presidente de clube, que se pode salvar: ALEXANDRE KALIL.
Quando um repórter lhe perguntou se ele
havia tido problemas com Ronaldinho Gaúcho e ele respondeu “umas coisinhas aqui, outras ali” não pude deixar de rir frente a
tamanha esperteza e jogo de cintura. É claro que ele teve grandes e colossais
problemas com Ronaldinho Gaúcho, é claro que em determinados momentos teve
vontade de chutar o traseiro e com vontade daquele que foi sua maior
contratação como presidente do clube, mas, com certeza pensou, o que ganharia
em falar dos problemas que viveu com o craque a não ser um pouco de promoção
pessoal que com o tempo ninguém mais lembraria?
Ao responder para o repórter “Umas coisinhas aqui, outras ali” mostrou-se um grande sujeito e o
psicólogo, o paizão e ao mesmo tempo a autoridade presente, o homem comedido
quando é preciso ser comedido, o irmão mais velho, o disciplinador amoroso,
aquele que não abre mão de mandar mas sabe como mandar, o homem de palavra
forte mas que sabe suavizar dependendo das circunstâncias.
Para lidar com
Ronaldinho Gaúcho e com seu irmão Assis é preciso todas essas demandas do
psicológico senão não dá conta. No final o custo benefício para o galo foi
altamente positivo: campeão mineiro, vice campeão brasileiro e uma Libertadores
da América. Quem imaginaria tanto quando o “maluco” do Alexandre Kalil anunciou
a presença do craque na cidade do galo como sua mais nova e bombástica
contratação?
O futebol brasileiro precisa de muitos
outros Alexandres Kalil, do galo e de muito menos Paulo Odone, do Grêmio,
ex-presidentes de seus clubes com a diferença que, ao tratar com Ronaldinho Gaúcho, um trouxe
glórias e orgulho para seu time do coração e o outro frustrações e fracassos
históricos.
A história do futebol brasileiro da
atualidade, portanto, há de registrar Alexandre Kalil como um grande presidente
de clube enquanto que os outros, bem, os outros, serão apenas lembrados como “os
outros”, sem nome nem expressão.