terça-feira, 24 de julho de 2012

FELIZ É QUEM AMA O QUE FAZ ?

      

 


         Tenho seguidamente ouvido dizer isso: "feliz é aquele que ama o que faz". Evidentemente que isso é uma verdade incontestável, mas e quando estamos naquela função determinada pela necessidade do momento, quando se trata de optar por agarrar a oportunidade de trabalho ou é o desemprego? 
     Tenho pensado muito nisso porque vez em quando dá vontade de afirmar isso a meus filhos "feliz é aquele que ama o que faz" , dá uma vontade imensa dizer a eles essa verdade resumida nessa frase de estímulo para orientá-los que sigam uma profissão que seja apaixonante para eles. Mas eu tenho medo de dizer, confesso. Prefiro dizer que qualquer atividade que exerçamos em nossas vidas devemos executá-la com competência, com planejamento, com organização, com objetivos claros, com honestidade, com ética, com responsabilidade acima de tudo. 
     De que adianta amar uma profissão se esquecemos qualquer um desses princípios? Adianta de nada. Amar uma profissão não basta se a ela não dedicamos nosso estudo e pesquisa, se não projetamos o futuro que queremos quando abraçamos uma atividade seja ela qual for. Mas o pior, o trágico, é quando a irresponsabilidade se une a completa falta de tesão por aquilo que se faz. Alguém sempre vai pagar por isso. Aquela enfermeira que estava de plantão na UTI do hospital (não vou citar o nome) por ocasião de um procedimento cirúrgico nas minhas artérias carótidas é um bom (ou mau) exemplo do que estou falando. Ela devia ficar atenta 24 horas na observação dos pacientes mas, ao invés disso, se distraia na internet trocando figurinhas com alguém em alguma rede social. Por três vezes falei que não estava bem, que estava me sentindo muito mal e ela apenas me disse: se piorar muito me fala. A minha grande sorte foi que naquele  momento crítico a enfermeira chefe passou por ali, olhou o termômetro da pressão acima da minha cabeça e então foi aquela correria. De repente me ví cercado por enfermeiras e  médicos ditando procedimentos de urgência para salvar minha vida de modo que graças a essa equipe médica de plantão e, principalmente, a enfermeira chefe hoje estou aqui escrevendo essas linhas. 
            Gostaria muito de poder perguntar para aquela enfermeira do plantão daquela noite que costuma se distrair nas redes sociais enquanto os pacientes ficam gemendo em seus leitos se ela ama sua profissão, se ama o que faz e se é feliz...De que adianta dizer que somos felizes porque amamos uma profissão ou alguém, porque amamos nossos filhos, nossos irmãos, nossas esposas ou maridos se deles não cuidamos com responsabilidade? Pelos exemplos de amor que tenho observado só posso chegar a essa conclusão: que muita gente ama só da boca para fora. Até as pessoas que dizem com aquele fervor característico que amam a deus estão sob suspeição pois suas atitudes egoístas na vida nem de longe correspondem ao que deus supostamente espera delas que é viver solidário a dor do seu próximo.      










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