quarta-feira, 4 de julho de 2012

OS ANIMAIS NÃO SERIAM SANTOS SE...



 
        Outro dia numa das comunidades do orkut que participo duas pessoas iniciaram uma discussão interessante sobre pessoas e cães, sinceramente não sei quem teria razão uma vez que as duas partes apresentavam argumentos bastantes convincentes. Tudo começou porque uma delas postou algo assim: "quanto mais conheço as pessoas mais admiro os animais". A segunda pessoa respondeu que quando alguém começa misturar gente com bicho na mesma escala de valor é porque anda mal da cabeça" ou porque não consegue conviver com seus iguais e vai se consolar com os bichos de estimação, que aceitam tudo, que obedecem tudo e só abanam o rabo como resposta.
      Analizando essa questão me veio à lembrança que, muitas vezes, quando eu miro bem nos olhos de meu cachorro me pego pensando o que ele estaria pensando mas logo me lembro que bicho não pensa. Mas foi numa dessas ocasiões que me ocorreu o seguinte: E se os bichos pensassem e nós não, seriam eles o que são? Lógico que não seriam, como também e da mesma forma não seríamos o que somos em termos de sociedade humana.
  Cabe então fazer uma reflexão sobre alguns aspectos a serem considerados à partir da suposição de uma inversão de papeís quanto a capacidade de raciocínio entre, por exemplo, os cães e o homem. 
    Partindo do princípio que na evolução das espécies o cérebro canino se desenvolvesse mais que os demais animais como seria e como se daria a relação entre o homem e os cães? Inteligentes e com a capacidade para planejar, organizar, criar, modificar, seriam os cães melhores do que somos? 
      Levou um susto?
   Pois é, quem duvida que eles não seriam ainda piores, bem mais perversos, falsos, ardilosos, arrogantes, prepotentes mais odiosos e opressores do que nós, os humanos? É muito bom pensar nisso quando dizemos que quanto mais conhecemos o homem mais gostamos dos animais.
       Outro aspecto que vem a mente diz respeito a cadeia alimentar e como estaríamos nós numa situação de inferioridade intelectual na relação com nossos senhores, os cães. Deus me livre de pensar se não seríamos a primeira opção na mesa dos bichos...as mulheres naturalmente teriam a preferência no cardápio, nós, os homens, com essa carninha dura, cheia de músculos ficaríamos como segunda opção, os cães, certamente, gostariam de degustar as mulheres. Com suas coxas mais grossas, bundas mais polpudas e com suas carnes mais tenras e gostosas, sem dúvida, seriam levadas ao matadouro e abatidas com maior frequência.
      Penso que haveriam ONGS, Associações de Proteção a Humanos que defenderiam uma morte com pouco ou nenhum sofrimento, haveriam poucos e abnegados cães que lutariam pela criação de lei que proibisse estraçalhar humanos vivos, principalmente as mulheres, tão fofinhas...essas boas almas caninas recolheriam os humanos que vagassem pelas ruas, famintos revirando lixo para comer e abrigariam em instituições que dariam uma boa complementação alimentar até colocá-los para abastecimento em algum açougue de supermercado.
     Vou parar por aqui e deixar o resto por conta da imaginação de vocês, mas antes gostaria de fazer alguns recortes nesse texto para ajudar na reflexão sobre a relação com os nossos amigos os animais:

a) é fundamental entender que bicho é bicho, gente é gente, como ser vivo, com suas especificações e limitações impostos pela mãe natureza, fato;

b) precisamos nos aceitar assim mesmo como somos, qual seja, uma colcha de retalhos onde se misturam virtudes e defeitos e admitir que nosso inocentes animais de estimação como os cães e outros animais não seriam esses santos, não seriam nem melhores ou diferentes se estivessem em nosso lugar como os privilegiados pela natureza na evolução das espécies;

c) amar e respeitar os animais é, justamente, entender que nosso desenvolvimento intelectual em nível superior a outros seres vivos é uma enorme dádiva da mãe natureza para com a espécie humana e, respeitá-los, é o mínimo que podemos fazer levando-se em conta que é assim que gostaríamos de sermos tratados se estivéssemos nas mesma posição que eles.






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